Mais tarde, amor
Agora vou comprar o pão
Não vou fazer poesia
Não insista, não
Parece normal
Sentar e te olhar
Mas não consigo
Existir sem penar
Porque eu preciso de música
Eu preciso de tua pele
Pra falar
Preciso de uma tarde que caia
Preciso da tristeza exata
E essa você não pode me dar
Eu sinto
Parece que me persigo
Que me jogo à própria sorte
Tudo é muito forte na hora
É quase desumano ficar
Mais tarde
Mais tarde, calor
Mais tarde
Agora não consigo
Agora tudo sinto
Agora sou tão teu
Agora tão ateu
Esse amor.
Angelo Augusto Paula do
Nascimento