Peleja

Foto: @katia_tch Instagram

Eu pelejo

Por sobre a sua pele

À Procura de brechas

Que se preencham

De meus benditos sons

Malucas palavras

Que te ressonam

No meio das madrugadas

[E o sereno balbucia

Ao desfazer-se

Apenas por existir-te]

Angelo A. P. Nascimento

Quarta-feira de cinzas

Tudo acaba cinza

Depois do inexplicável

Silêncio das palavras.

[Mas é carnaval...]

Angelo A. P. Nascimento

Brutalidade

Eu não tenho licenças poéticas

Sou bruto

Empurro a poesia.

Angelo A. P. Nascimento

Recital

Todo mundo tem algo para contar
Arrisco-me a dizer que somos contistas
Escrever para quê?
Para contar de nosso amor
De nossa dor
De nosso espaço
De nossas incertezas
De nossas humanidades

Contamos tudo
Queremos um ouvido
Um coração amigo
Alguém que na infinidade
De qualquer desconhecido
Recite conosco essa vida
Que se escreve poesia.

Angelo A. P. Nascimento

Alimento

Floricultura - Barra da Tijuca -RJ

Sei que fui de vez

E que ainda volto sorrateiro

Com flores e palavras

Com um motivo que não sei

Mas tente entender

Minha fraqueza por você

Que sua pele

Franco céu de sardas

É alimento para minhas palavras.

Angelo Augusto Paula do Nascimento