"Quem disse que o amor é torácico? Ele tem que ser visceral, como o pâncreas. E não quero nenhum amor menos do que isso." (Angelo Augusto Paula do Nascimento)
Que no ano novo, Toda vez que dançarmos, sejamos luz Todo e qualquer erro dentro de nós seja verdadeiramente perdoado Que a estrada siga sempre como se fosse reta Que os sonhos tenham aquela sensação sólida Que as realizações sejam cada vez mais próximas Que nossas atitudes sejam cada vez mais fiéis aos nossos corações Que sempre saibamos valorizar o sentimento de quem nos cuida e ama Que nenhum arrependimento machuque tanto a alma Que nenhum orgulho nos separe do mundo, por cercas ou por muros Que a gente tenha a coragem para dizer e fazer o que tiver de ser Que nenhuma luta seja tão árdua ou tão fácil Que nenhum amigo querido precise morar fora Que nenhuma lua seja coberta por nuvem Que nenhum momento romântico se atrapalhe por chuva Que todos os jantares sejam à luz de velas, mesmo sem elas Que nenhuma mão se desenlace Que nenhum passado te atrapalhe Que nenhum futuro te dê medo E que “até nos vermos de novo, Deus te guarde na palma de sua mão”.
Abraços a todos que por aqui passam e fizeram de meu 2009 melhor.
Que em 2010, possamos nos visitar mais, ler mais e fazer novas amizades.
Chega o fim de mais um ano e, com ele, uma série de reflexões parece se debater dentro de nossa cabeça. É aquele regime que você não fez, aquilo que você não estudou, o cigarro que você não parou, o concurso que você não passou, o reconhecimento pelo esforço que não veio, a amizade que se desfez, a dedicação que você não deu, o abraço que devia ter dado, o namoro acabado, a palavra que entalou ou que foi dita sem pensar...
Parecem ser tantas as coisas que poderíamos ter feito de maneira diferente, mas temos que colocar em evidência que tudo isso não foi o tudo do ano. Houve coisas que deram certo, libertações que não entendemos hoje porque estão nubladas pelas dores, a ajuda que você deu anonimamente ou inconscientemente e, mesmo tendo falhado, tem o esforço louvável do ter tentado.
Engraçada essa coisa de fim de ano. Quem lá inventou algo que nos voltasse a catarse, que nos recolocasse frente a frente com aquilo que não deu e que a gente quer esquecer? Quem foi que inventou de contar os dias e criar ciclos, para que?
Porém, olhemos profundamente. Debaixo de todo esse véu que parece nos desesperar, há também a chance de um recomeço, de retomar aquilo que foi falho, de nos aperfeiçoar. São inúmeras as confraternizações (às vezes um saco!), mas em uma delas está alguém que precisa ser revisto, uma atitude que precisa, sim, ser repensada.
Aproveitemos esse momento para perceber que há realmente algo bom em nós e no próximo, mesmo com toda essa loucura noticiada, mesmo com todos os pensamentos sórdidos que ficam sendo apenas nossos.
Somos humanos e precisamos desse momento de congraçamento, de criar novos projetos e definir novos rumos.
Eu mesmo farei as minhas velhas e boas promessas para o ano que vem: estudar mais, estressar-me menos, ser mais compreensivo, ser mais forte, continuar fazendo exercícios regularmente, abandonar o cigarro novamente, não deixar oportunidades escaparem, ajudar mais pessoas, ser um bom ouvido e ombro amigo, fazer mais amigos, estar mais perto dos antigos, perdoar-me por aquelas coisas que nunca consegui me perdoar, ser capaz de mais amor e, o mais importante: fazer tudo aquilo que realmente me deixe feliz.
Determine as suas promessas também. Faça uma listinha delas e siga riscando as realizadas. Eu já risquei um monte em anos outros. Estarei aqui o ano inteiro novamente, como esse que iniciei cumprindo a promessa de um dia escrever minhas bobeiras e pensamentos em um Blog.
Liste-as abaixo. Quem sabe não posso ajudar com elas!
Abraços cheios de renovação para o ano novo. Força sempre!
Há algo errado no paraíso: Há espuma de cerveja no lugar de cachoeiras Há fumaça de cigarro no lugar de nuvens Há maçãs podres pelo chão que piso Ninguém nunca as mordeu Mas há pecados nada originais por toda parte Pecados tão comuns como qualquer erro fora do paraíso.
Há algo errado no meu paraíso: Não há cobras, Eva ou Adão Só eu existo Numa multidão de silêncios Em um vazio preenchido de carne insensível e branca.
Por favor, Abram os portões do Éden para o infinito!
Há comprimidos no lugar de botões Há sinistras guerras, gemidos e rojões!
Há loucos no meu paraíso!
Deus, Tende piedade E resgate-me ao fim de tudo...