quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sobre o Natal e o Ano Novo

Que no ano novo,
Toda vez que dançarmos, sejamos luz
Todo e qualquer erro dentro de nós seja verdadeiramente perdoado
Que a estrada siga sempre como se fosse reta
Que os sonhos tenham aquela sensação sólida
Que as realizações sejam cada vez mais próximas
Que nossas atitudes sejam cada vez mais fiéis aos nossos corações
Que sempre saibamos valorizar o sentimento de quem nos cuida e ama
Que nenhum arrependimento machuque tanto a alma
Que nenhum orgulho nos separe do mundo, por cercas ou por muros
Que a gente tenha a coragem para dizer e fazer o que tiver de ser
Que nenhuma luta seja tão árdua ou tão fácil
Que nenhum amigo querido precise morar fora
Que nenhuma lua seja coberta por nuvem
Que nenhum momento romântico se atrapalhe por chuva
Que todos os jantares sejam à luz de velas, mesmo sem elas
Que nenhuma mão se desenlace
Que nenhum passado te atrapalhe
Que nenhum futuro te dê medo
E que “até nos vermos de novo, Deus te guarde na palma de sua mão”.

Abraços a todos que por aqui passam e fizeram de meu 2009 melhor.

Que em 2010, possamos nos visitar mais, ler mais e fazer novas amizades.

Angelo A. P. Nascimento

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Essa coisa de fim de ano

Chega o fim de mais um ano e, com ele, uma série de reflexões parece se debater dentro de nossa cabeça. É aquele regime que você não fez, aquilo que você não estudou, o cigarro que você não parou, o concurso que você não passou, o reconhecimento pelo esforço que não veio, a amizade que se desfez, a dedicação que você não deu, o abraço que devia ter dado, o namoro acabado, a palavra que entalou ou que foi dita sem pensar...

Parecem ser tantas as coisas que poderíamos ter feito de maneira diferente, mas temos que colocar em evidência que tudo isso não foi o tudo do ano. Houve coisas que deram certo, libertações que não entendemos hoje porque estão nubladas pelas dores, a ajuda que você deu anonimamente ou inconscientemente e, mesmo tendo falhado, tem o esforço louvável do ter tentado.

Engraçada essa coisa de fim de ano. Quem lá inventou algo que nos voltasse a catarse, que nos recolocasse frente a frente com aquilo que não deu e que a gente quer esquecer? Quem foi que inventou de contar os dias e criar ciclos, para que?

Porém, olhemos profundamente. Debaixo de todo esse véu que parece nos desesperar, há também a chance de um recomeço, de retomar aquilo que foi falho, de nos aperfeiçoar. São inúmeras as confraternizações (às vezes um saco!), mas em uma delas está alguém que precisa ser revisto, uma atitude que precisa, sim, ser repensada.

Aproveitemos esse momento para perceber que há realmente algo bom em nós e no próximo, mesmo com toda essa loucura noticiada, mesmo com todos os pensamentos sórdidos que ficam sendo apenas nossos.

Somos humanos e precisamos desse momento de congraçamento, de criar novos projetos e definir novos rumos.

Eu mesmo farei as minhas velhas e boas promessas para o ano que vem: estudar mais, estressar-me menos, ser mais compreensivo, ser mais forte, continuar fazendo exercícios regularmente, abandonar o cigarro novamente, não deixar oportunidades escaparem, ajudar mais pessoas, ser um bom ouvido e ombro amigo, fazer mais amigos, estar mais perto dos antigos, perdoar-me por aquelas coisas que nunca consegui me perdoar, ser capaz de mais amor e, o mais importante: fazer tudo aquilo que realmente me deixe feliz.

Determine as suas promessas também. Faça uma listinha delas e siga riscando as realizadas. Eu já risquei um monte em anos outros. Estarei aqui o ano inteiro novamente, como esse que iniciei cumprindo a promessa de um dia escrever minhas bobeiras e pensamentos em um Blog.

Liste-as abaixo. Quem sabe não posso ajudar com elas!

Abraços cheios de renovação para o ano novo. Força sempre!



Angelo A. P. Nascimento

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Paraíso

Há algo errado no paraíso:
Há espuma de cerveja no lugar de cachoeiras
Há fumaça de cigarro no lugar de nuvens
Há maçãs podres pelo chão que piso
Ninguém nunca as mordeu
Mas há pecados nada originais por toda parte
Pecados tão comuns como qualquer erro fora do paraíso.

Há algo errado no meu paraíso:
Não há cobras, Eva ou Adão
Só eu existo
Numa multidão de silêncios
Em um vazio preenchido de carne insensível e branca.

Por favor,
Abram os portões do Éden para o infinito!

Há comprimidos no lugar de botões
Há sinistras guerras, gemidos e rojões!

Há loucos no meu paraíso!

Deus,
Tende piedade
E resgate-me ao fim de tudo...


Angelo A. P. Nascimento

Bandoleira

Eu não percebo a sua graça simplória
Antes disso,
Tenho olhos que querem lhe detestar
Seus dizeres
Sua tez
Seu jeito impróprio de roçar em mim.

Eu não quero nada disso
E rejeito tudo
Que lhe refere.

Tenho algo maior
Que não cabe a sua presença,
Seu sorriso desmedido
Ou sua lembança bandoleira.

Angelo A. P. Nascimento
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